sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Londres de vários modos

Conhecer o Reino Unido sem conhecer Londres parece que não tem graça. Como eu voltaria para o Brasil pelo Heathrow, reservei um hotel próximo e lá fiquei. Teria um dia livre, sendo que o outro teria de dormir cedo, pois, pegaria o avião de madrugada.
Assim, aproveitei para ir passear no centro de Londres, porém, de táxi sairia caro, cerca de 70 Libras a ida e mais 70 a volta. Na época isso dava cerca de 400 Reais.
Resolvi tentar pegar um ônibus, já que na frente do hotel passavam vários. Antes, perguntei na recepção qual deles deveria pegar e a recepcionista, indiana e com um sotaque quase entendível, anotou em um papel 3 números de linhas. Fui para o ponto e esperei. Eu precisava, na verdade, ir para a Estação da rua Victoria onde eu pegaria meu ônibus turístico cujo bilhete eu já tinha comprado no Brasil e que dava direito também a andar na famosa roda gigante (London Eye) e de barco no rio Tamisa.
Enfim, um ônibus e o motorista me disse que aquela linha ( e nem as outras que eu tinha em mãos) passavam pelo meu destino final. Mas, com sorte, o motorista, um senhor muito simpático, disse que poderia me levar a uma outra estação e paguei o preço até lá.
Nesse trajeto que ele fez vi a capital inglesa de um outro jeito, o subúrbio, lugares que muitas vezes me faziam lembrar o subúrbio de São Paulo com uma arquitetura não tão bonita e fios aéreos que atravessavam a rua como ainda eu não tinha visto na Grã-Bretanha, nem na Alemanha e nem na Noruega.
Cheguei, enfim, até a tal estação, um lugar que ainda me sentia num subúrbio e tinha certeza que por ali não voltaria.
Entrando na estação, só máquinas para vender a passagem. E agora? Qual linha deveria pegar? Mais uma vez a ajuda da sorte, um casal pegou um folheto com a malha ferroviária e as linhas e me explicou o que eu deveria fazer e comprar e assim fiz em uma das máquinas. Entrei no trem, apenas um negro alto e forte dentro que me fazia lembrar um bom segurança no Brasil.
Desci, finalmente, na Estação de Victoria Street e lá procurei pelo meu ônibus turístico (ali havia milhares de companhias). Peguei-o. E o sistema dele era o chamado “hop on hop off” que a pessoa paga um preço desce onde ela quiser e pega depois outro para ir a outro ponto turístico até voltar ao seu lugar de origem. O ônibus era de dois andares com a parte de cima aberta e ao invés de um guia, um fone de ouvido e era só fazer a opção da língua para ouvir sobre todos os lugares nos quais estávamos passando: Galeria Nacional, Parlamento, Big Ben, Piccadilly Circus, Igreja St Paul, o Palácio Real, o teatro de Shakespeare e as ruas onde autores como ele e Oscar Wide já tinham passado.
Uma parada na London Eye, já que estava com o ingresso pago. Londres é como São Paulo, cada hora um tempo. Antes de sair do hotel choveu, de repente começou a nevar .À Beira do Tamisa ventava muito, mas ao entrar na roda gigante um sol lindo, uma tarde maravilhosa que me fez ver a cidade toda de cima. A roda se mexia de forma bem lenta, toda de vidro era possível tirar fotos de todos os lados, inclusive com o Big Ben atrás e já lá em baixo.
Eu poderia ter andado de barco pelo Tamisa, mas enjôo com barcos então não arrisquei a passar mal. E o passeio na roda à beira dele já tinha sido simplesmente maravilhoso. Peguei um outro ônibus turístico para voltar e logo estava eu novamente na Estação de Victoria Street em plena hora do rush londrina. A estação era enorme, antiga, lotada de gente, mas organizada. Depois de rodar e rodar e perguntar umas três vezes como pegar o trem de volta ao Heathrow, descobri como fazer e assim o fim. Claro que, tive que fazer duas ou três baldeações, mas cheguei ao meu destino. E lá tinha que descobrir um ônibus que me levasse ao hotel. Mais uma vez perguntando cheguei à plataforma dos micro-ônibus que iam apenas aos hotéis ao redor do aeroporto. Aliás, aeroporto que também possui um trem interno.
Parada no ponto na plataforma esperando pelo meu micro-ônibus eis que uma moça de pele não tão clara e de cabelos e olhos bem pretos me pergunta se dali partia o ônibus para o hotel X que era o dela. Havia uma lista colada no poste de concreto que marcava aquele ponto específico e lá o nome do hotel dela. Moça simpática com a qual conversei bastante antes de meu ônibus chegar e eu partir.
No dia seguinte por ali fiquei, fui almoçar em um Mc Donald’s com boliche ao lado do hotel, pois era a única coisa que dava para ir a pe e como era meu último dia no Reino Unido, de sobremesa um belo muphin que, junto dos grandes cookies e brownies, se encontra ao montes e em qualquer lugar naquela terra.

De volta ao Brasil depois de quase um mês fora, de volta às coisas que eu conhecia, à rotina. Mas, logo eu voltaria.





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